quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Linhas Tortas: O FIM DA TRAJETÓRIA

Linhas Tortas: O FIM DA TRAJETÓRIA: "Como é triste o fim. A própria palavra, na sua essência, já remete a melancolia. Fim de uma história. Ausência.Lembrei-me de uma canção, m..."

Comparsas

Quem tem sorte encontra na vida amigos que são irmãos. A sintonia é absoluta. As frases são ditas com um único olhar. Cumplicidade, afeto, lealdade.

Alguns poucos, como eu, tem a sorte ainda maior. Encontra em seu irmão um verdadeiro amigo. No meu caso, amiga. Alias gosto de dizer que somos comparsas.

Lembro-me da nossa infância. Risos soltos, gritos na janela na hora da chuva, “Eh, felicità”. Discussões por causa de roupas, emprestadas sem a autorização da outra, segredos (agora bobos e sem importância) que a mãe não podia nem sonhar com aquele acontecimento, ou idéia.

Fases difíceis conseguimos transpor sem traumas ou depressões. A união era absurdamente notável. A cumplicidade infinitamente verdadeira. A lealdade certamente eterna.

Todas as fases do crescimento passamos juntas. A infância, a adolescência, a juventude e agora a vida adulta. O mais engraçado é que quando estamos juntas a idade mental, das duas (balzaquianas), não passa dos doze anos. E tudo retorna: risadas descontroladas, canções cantaroladas em um volume altíssimo no carro, textos completos ditos com olhares breves.

Se cair, não se preocupe, te ajudo a levantar.

Se te fizerem mal, deixa que eu bato.

Se matar alguém, deixa que eu enterro (rs).

Pois é, somos mais que sangue. Somos sintonia.

Sou grata a Deus pelo destino.

PS: Feliz Aniversário.


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O FIM DA TRAJETÓRIA



Como é triste o fim. A própria palavra, na sua essência, já remete a melancolia. Fim de uma história. Ausência.
Lembrei-me de uma canção, magnífica por sinal, na voz arrebatadora de Maria Rita “Trajetória”. Trilha sonora perfeita para o momento, para o sentimento. Recomeço.
Em todos os jornais, telejornais, noticiários virtuais, na boca sábia do povo, o assunto é o mesmo. O Fim da carreira fenomenal do Fenômeno.
Tantos gols, gritados com alegria e orgulho. Tantos problemas, sentidos por todos os brasileiros e brasileiras (eu que aqui escrevo essas linhas tortas), tantos escândalos, que deixaram boquiabertos os que têm a vida chata. Tantas críticas. Sobretudo, quantas vitórias.
A esse brasileiro, que orgulhou e orgulha seus compatriotas, A FELICIDADE.
Ao futebol brasileiro, SORTE.
Aos brasileiros, FÉ.
A ele, esse trecho .... Obrigada Ronaldo.
“e agora queira dar licença
que eu já vou
deixa assim, por favor
não ligue se acaso o meu pranto rolar
tudo bem
me deseje só felicidade
vamos manter a amizade”

Essa musica e a belíssima trajetória de Ronaldo Nazario merecem ser reverenciadas, aplaudidas e nunca esquecidas.
PS: Saudações Corinthianas!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

DESANDOU

Fábio chegou em casa. Passava das 21 horas. Felícia ergueu a sobrancelha. Calou.
Ele mordeu o canto da boca. Estava três horas atrasado. Esperava, ao menos, uma frase ríspida, uma indagação.
Felícia levantou-se do sofá, apanhou uma xícara de café, tomou um gole.
Fábio gelou. Esperou alguns segundos.
- Você não vai me perguntar nada?
A mulher continuava inerte. Não havia brilho no olhar.
- Não meu amor. O jantar está pronto.
Virou as costas e foi até a sacada. O vento forte anunciava a chuva que não demoraria a cair. Colocou a planta no beiral, respirou profundamente. Sentiu o vento levar seus cabelos com força e ao mesmo tempo suavidade.
- Vamos jantar? Estou exausta e louca pra dormir.
O homem sentou. A mesa já estava posta. Ela destampou a refratária. Macarrão.
- Macarrão sem molho??? Cadê o molho?
Ela o encarou profundamente, uma leve ironia se fazia presente.
- O molho? Desandou.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Festa Adiada

É hoje! Amigos reunidos, cerveja gelada, fogos de artifício, uniforme com cheirinho de amaciante, esperança...
Mais uma vez o time tenta uma vaga na tão sonhada Libertadores da América.
O jogo inicia. Os técnicos de plantão palpitam. Os comentaristas, ainda não contratados pela globo, comentam. Um palmeirense, intruso, tenta jogar água fria na torcida e é calado imediatamente.
O treinador anda de um lado para o outro impaciente. As estrelas, que valem milhões, estão em campo. O placar? 0 x 0.
Meu olhar entrega certa insegurança.
--- Calma, tem muito tempo ainda.
Olhos fixos na tela. Goool. A casa fica calada por longos segundos. Olhares incrédulos evitam se cruzar.
---Ainda dá tempo gente!!!!!
Não deu. O segundo Gol veio sepultar de vez nossa esperança.
A bebida já não desce mais. Os fogos não vão decorar no céu. A festa foi adiada. Novamente.

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