Quem tem sorte encontra na vida amigos que são irmãos. A sintonia é absoluta. As frases são ditas com um único olhar. Cumplicidade, afeto, lealdade.
Alguns poucos, como eu, tem a sorte ainda maior. Encontra em seu irmão um verdadeiro amigo. No meu caso, amiga. Alias gosto de dizer que somos comparsas.
Lembro-me da nossa infância. Risos soltos, gritos na janela na hora da chuva, “Eh, felicità”. Discussões por causa de roupas, emprestadas sem a autorização da outra, segredos (agora bobos e sem importância) que a mãe não podia nem sonhar com aquele acontecimento, ou idéia.
Fases difíceis conseguimos transpor sem traumas ou depressões. A união era absurdamente notável. A cumplicidade infinitamente verdadeira. A lealdade certamente eterna.
Todas as fases do crescimento passamos juntas. A infância, a adolescência, a juventude e agora a vida adulta. O mais engraçado é que quando estamos juntas a idade mental, das duas (balzaquianas), não passa dos doze anos. E tudo retorna: risadas descontroladas, canções cantaroladas em um volume altíssimo no carro, textos completos ditos com olhares breves.
Se cair, não se preocupe, te ajudo a levantar.
Se te fizerem mal, deixa que eu bato.
Se matar alguém, deixa que eu enterro (rs).
Pois é, somos mais que sangue. Somos sintonia.
Sou grata a Deus pelo destino.
PS: Feliz Aniversário.
Que coisa linda!
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