
A ternura no olhar. Uma certa ingenuidade que só as pessoas com alma pura são capazes de transmitir. A tolerância com as coisas da vida e o jeito próprio de passar pelos problemas sempre com muito otimismo, coragem e alegria contagiante.
Homem BOM. Com B maiúsculo, que instruiu a todos que tiveram o privilégio de conviver ao seu lado ensinamentos eternos, frases e jargões inesquecíveis (e muito engraçados) que ainda, e sempre, povoarão as conversas dos mais jovens.
Apaixonado toda vida pela Nêga (que saudade dela também). Moreninha, como ele, cabelos compridos, boca fina, o olhar igualmente encantador, linda, justa. Juntos viveram a mais bela, pura e longa história de amor que já vi. Quando ela partiu, ele curtiu seu luto, em silencio, resignado. Em todas as suas camisas, um tecido preto no bolso. A aliança não saiu do dedo. Tiveram oito filhos, sete mulheres e um homem. Vinte e quatro netos.
Sua partida doeu forte no meu peito. Uma ausência sofrida. Uma saudade que não passa. No auge dos seus quase noventa e sete anos partiu. Foi encontrar sua Nêga.
Teimei em dizer a Deus: “Ainda é cedo. Deixa-o mais um pouquinho com a gente”. Já era hora de seu repouso.
Hoje, 5 de maio de 2011, Angelo ou Mestre Anjo, faria 100 anos.
Ele se foi. A saudade ficou.
VÔ AMADO, FIQUE COM DEUS!
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