domingo, 8 de janeiro de 2012

Motim - Flora Figueiredo

Livro belíssimo. Poesias encantadoras. Gostei!
Motim


Estou de saida
e que ninguém me siga.
Quero falar sozinha,
chutar a sombra,
cuspir no prato.
Rasgar a sensura,
perveter a seita,
madizer o gato.
Reduzir a etiqueta a pedacinhos,
desembarcar onde o lugar é descaminho,
esquecer o bicho em extinção.
Sem pedir permissão
quero ficar comigo
e, se for preciso, me ponho de castigo.

Flora Figueiredo.
Obs: Minha predileta!

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