segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

"Quase um conto de fadas"

Ela vivia presa numa torre extremamente alta. A torre do temor. Sim, ela podia
descer, se assim quisesse, mas sentia medo do mundo. Na torre estava protegida. Prometeu que não sairia.
Certa vez, um forasteiro, teve coragem. Aproximou-se. Ela tremeu. Eles conversaram. Falaram sobre suas histórias, suas aventuras, canções. O medo abrandou. Ela estava, como a muito tempo não se via, feliz.
Ele queria tocá-la. Ela relutou. Por fim, permitiu tamanha ousadia. Mas o medo, ainda povoava sua cabeça. Mesmo assim foi ousada, imprudente, corajosa.
O moço perguntava quando a moça sairia da torre. Ela respirava fundo, tristemente. Uma promessa fora feita. Todos da cidade tinham conhecimento. Não poderia decepcionar tanta gente. Ela então calava.
O forasteiro não entendia tamanha covardia. Foi se afastando. Mandou algumas mensagens, sempre indagando a respeito da torre e da promessa. O medo de magoar as pessoas era mais forte que sua coragem para buscar a felicidade. Ela continuava na torre. Não vivia, sonhava. Sofria, mas não gritava.
A distancia aumentou. Formou-se um hiato assombroso. No pensamento dela o medo e ele.
Naquela pequena cidade, todos que olharem para o lado leste enxergarão a torre e a moça na janela.
Sim, ela ainda está lá. 



domingo, 30 de janeiro de 2011

Divino Sábado

Sábado divino, calor violento, vontade de sair por aí, ouvir uma boa música brasileira, ver gente bonita, lugares bonitos, degustar a boa e velha cerveja gelaaada....
Pois é, nem tudo que queremos podemos realizar, pelo menos não na mesma hora. Ficamos em casa, chegaram alguns amigos, velhos e bons amigos. A cerveja no ponto certo, conversa fiada, risos, música antiga e boa. Risos.
Nos pegamos cantando alto, rindo de coisas que ficaram no pretérito mais que perfeito, ou seria imperfeito?????
Cantamos errado e alto... (Que O Rappa nunca escute tamanha maluquice.....) Trocamos frases, escrevemos novas letras para antigas melodias. Um queria ouvir Zeca, o outro Smiths, a outra queria ouvir Sensação..... Ah, Sensação.... Essas coisas revelam nossa idade, sem dó nem piedade.... Como é bom recordar, lembrar, viver novamente as mesmas sensações.
O olhar de um queria transbordar de saudade, as lágrimas quase caíram. Uma gritou: “Pode parar, hen !!!!”
Risos. Risos e lágrimas. Lágrimas contidas. Risos escandalosos.
Olhares que diziam “ eu sei em que você está pensando.....”
Essa foi uma noite rica.... Rica em amizade, bebida gelada, e gente mais que bonita. Lindas e eternas amizades.

Linhas Tortas

Sim, Linhas Tortas. Nossos pensamentos, atitudes, nunca, eu disse NUNCA, são verdadeiramente ou absolutamente coesos. São enviesados.
Sonhar, imaginar, devanear. Coisas que nada e ninguém pode tirar do ser humano, e o melhor de tudo, não pagamos nada para tal feito.
Durante muito tempo escrevi pensamentos, acho que para esticá-los por mais tempo. Fazer com que momentos breves se transformassem em fatos quase que eternos. Pois é, vou compartilhar com você.
Não sejam cáusticos. São só devaneios.

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